APITO FINAL

He shoots! He scores!

Nos Estados Unidos tem sido efectuados uma série de estudos muito competentes acerca do curioso fenómeno denominado de “Mão quente” (Hot-Hand) ou analogamente se preferirem “Pé quente”.
Este fenómeno acontece quando um determinado elemento da equipa X, repentinamente começa a fazer sentir a sua perfomance no jogo acima de todas as expectativas e limitações. Quando isto acontece o jogador em questão embala a equipa numa espécie de aura invencível, levando a que a grande maioria dos seus colegas de campo envoltos nessa aura correspondam também eles com elevada confiança nas suas habilidades, motivação e crença na vitória.
Pois foi isso mesmo que aconteceu na Terça-Feira dia 3 de Janeiro do ano de 2006 (diga-se a titulo de curiosidade - o primeiro embate deste ano entre Biancos e Rossos).
E aconteceu com quem, e para que facção ?
As vicissitudes do destino nessa noite, agraciaram Tó Neves “matador-de-serviço” com este fenómeno para gáudio da formação Bianconera.
A partida havia começado de forma sofrível para os homens de branco.
Não conseguindo explanar toda a sua classe técnico-táctica, sendo sobretudo vitimas da bem esquematizada e organizada formação Rossonera, os de branco cedo se viram em desvantagem no marcador. As coisas realmente pareciam não estar a correr de feição para o guardião Lucas e seus pares.
Eis então, que Tó Neves dá um primeiro sinal do que viria a acontecer um pouco mais tarde e após magistral drible pelo flanco direito, dispara com violência ao ângulo superior direito (1º poste) da baliza Rossonera. Estava consumado o empate.
Os de negro não baixaram os braços e investiram todo o seu saber e esforço na linha de ataque, e viram o seu esforço premiado, quando Andrellini “ Beckenbauer” comete um erro nada habitual, e na marcação rápida de um livre entrega a bola ao meio campo Rosso que não se fazendo rogado, e , com toda a sua classe transporta o esférico em grande estilo até novo golo, e nova vantagem no marcador (1-2).
Eis que surge novamente o “fenómeno” Tó Neves, e volta a empatar o encontro a duas bolas com majestosa “bomba” colocadíssima pisando ainda terrenos do seu meio-campo. O guardião Johnny nada podia fazer.
Daí em diante Tó Neves fez abalar a formação Rossonera por mais três vezes, batendo Johnny inapelavelmente, e colocando a formação de branco em confortável situação de vantagem no placar (5-2). Os restantes elementos da equipa como que impulsionados por esta perfomance e aura de invencibildade começaram então a produzir de forma esteticamente vigorosa e demonstraram assim o seu real valor.
O guardião Lucas “Flying Eagle” segurou a vantagem com uma série de intervenções só ao alcance dos predestinados e teve o seu brilho multiplicado pela intensidade de mil sois quando efectua sobeja paragem a penalty soberanamente apontado por Ruben.
O velho Capitão “PJ-Harvey” fez notar toda a sua classe em auxilio ao sector mais recuado, e por conseguinte no ultimo terço da partida aventurando-se mais à frente municiou Andrellini por duas vezes na senda do golo. Quanto a Jorginho jogou e fez jogar, dando a bola em soberanas condições de concretização tanto a Tó Neves como a Andrellini. De destacar que Jorginho foi neste embate, de precioso auxilio à defesa Bianconera quando essa estrutura mais necessitava. Esteve muito bem.
E agora debrucemo-nos sobre Andrellini. Em nossa opinião Andrellini entrou mal na partida, e nos primeiros dez minutos de jogo a sua influência pouco se fez notar. No entanto como que embalado pelo “Pé-quente” de Tó Neves o seu rendimento começou a subir exponencialmente (assim como o da equipa), e quando a chama de Tó-Neves começou a diminuir de intensidade, foi ele Andrellini, que deu continuidade ao fenómeno que havia agraciado Tó Neves na primeira metade da partida e concretizou de uma assentada cinco golos sem resposta, para desespero do guardião Johnny. Andrellini desde já agradece a preciosa colaboração dos restantes elementos da sua equipa na obtenção dessa marca pessoal. O resultado cifrava-se então nuns expressivos 10-2 para os homens de branco.
No entanto fruto de toda a sua mais valia técnica e empenho, os homens de negro encetaram uma magnifica recuperação, encostando a equipa Bianconera á sua àrea defensiva nos últimos dez minutos, conseguindo colocar por mais quatro vezes o esférico no interior da baliza do enorme Lucas. De salientar que essa recuperação foi engenho de três homens inconformados, Ruben, Duarte e Bitó, que sempre acreditaram que podiam fazer melhor e nunca diminuiram a atitude.
Todavia a desvantagem era enorme e quando o apito final ecoou por entre os cânticos de festejo da massa adepta Bianca, o resultado cristalizou-se nuns memoráveis dez (10) para equipa Bianconera e seis (6) para a equipa Rossonera.

FICHA DO JOGO:
Dia 3 de Janeiro do ano de 2006 na Arena da Matriz pelas 22.00 horas
Anjinhos: Lucas, PJ, Andrellini, Tó Neves, Jorginho
Satanazes: Johnny, Duarte, Bitó, Ruben, Donato
Disciplina: a falta de profissionalismo do encarregado pelas luzes do recinto, que teima em deixar constantemente os Atletas a aquecer imersos na escuridão.

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